Definitivamente, este não é um post com dicas sobre “o que fazer em Pipa”, no Rio Grande do Norte! Em 24 horas, tudo pode acontecer (inclusive nada, já dizia Diogo Nogueira1). E, por conta de alguns casos & acasos, a minha estadia por lá rendeu mais do que boas memórias de visitas aos pontos turísticos:
1 – Nadar com golfinhos
Cheguei em Pipa, no meio da tarde, no dia de São João – quando o Nordeste todo está em festa pra celebrar o santo junino. Corri para encontrar almoço em um restaurante qualquer depois de deixar minhas mochilas no hostel e, de barriga cheia, parti para encontrar com uma amiga que estava morando por lá.
Como boa anfitriã, a Ana me levou até a Praia do Madeiro. Além da promessa do visual incrível da praia, a expectativa era que vissemos golfinhos. Eu, sem botar muita fé no que ela queria dizer com “ver golfinhos”, embarquei na garupa da moto dela e fomos até a praia depois de conferirmos a tábua de maré.
O mar estava perfeito pra que fizessemos a travessia até a Praia do Madeiro e, assi que cheguei, já fomos pra água! Aquele mar calmo ia ganhando cores especiais na medida que o sol baixava e ia deixando o céu, calmamente, alaranjado. O horário do pôr do sol seria perfeito para ver os golfinhos que viriam até a baía descansar no final do dia.
Só que, como eu nunca tinha visto golfinhos antes, muito menos, nadado ao lado deles, imaginava que “ver golfinhos” significaria avistá-los numa distância mínima de uns 50 metros… Mas não: Muito pelo contrário, lá na praia os animais vieram bem próximo da faixa de areia, onde nós estávamos nadando numa profundidade que ainda “dava pé” e passaram um bom tempo brincando entre eles e nos divertindo também a cada vez que subiam na superfície para respirar, ou dar alguma pirueta.
2 – Ver arco-íris na praia
Aquele cenário mágico, de repente, deu lugar a uma fina garoa! Apesar disso, a nuvem cinza que veio do lado direito do céu, não ofuscou a beleza daquele fim de tarde e um belo arco-íris cortou o céu, até encontrar o mar. Ficamos por lá, mais alguns minutos, observando aquele combo improvável da paisagem!
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3 – Visita ao posto de saúde de Timbau do Sul
Juntou-se a emoção daquele fim de tarde mágico + o filé de frango a parmegiana que eu tinha comido na noite anterior, ainda em Natal, e o resultado foi um grande desconforto intestinal que me fez parar no posto de saúde de Timbau do Sul. Nunca, nos meus planos eu imaginaria que passaria a noite de São João tomando soro ao lado de um rapaz todo ralado, que havia caído de moto!
Depois de gastar R$ 80 de táxi com as duas corridas (ida e volta) ao posto de saúde, me restava a decepção por não ter caminhado pelas ruazinhas charmosas de Pipa com as luzes acesas. Muito menos por ter visto o brilho da Vila da Mangueira, a noite… Mas foi só comentar isso com a Ana (sim, minha amiga e o marido dela me acompanharam nessa aventura) que, quando passamos em frente a Vila da Mangueira ela perguntou se eu estava bem. Quando eu respondi que já não estava sentindo praticamente mais nenhum desconforto, ela pediu para o motorista dar uma paradinha e descemos do carro.
E foi assim, com um curativo enorme no braço, que vi as luzes daquela vila, semelhante às ilhas gregas, acesas e registrei a minha presença por lá em alguns cliques!
Faltava ainda conhecer a Praia do Amor. Mas, no dia seguinte, minha barriga ainda conversava comigo e optei por não ir caminhando até lá pra evitar um novo episódio de desidratação. Mas nada que um mototáxi não resolvesse meu desejo pra visitar o cartão postal de Pipa!
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