As pedras do calçamento de pé-de-moleque desequilibram aqueles que ousam andar em ritmo acelerado pelas ruas do Centro Histórico. Paraty é uma cidade intensa em sua diversidade cultural e gastronômica que, além de carregar uma importância histórica para o país, nunca poderá ser descoberta, por inteiro, de uma única vez.
O ritmo da cidade é o mesmo que moldura, de tempos em tempos, as ruas e as praias. Devagar também se conhece a poesia das músicas que desfilam entre as ruas tombadas pelo Patrimônio Histórico.
Saiba mais:
Para os gringos, mochileiros e famílias inteiras, a cidade oferece passeios de escunas por ilhas da Baia de Paraty, culinária a base de peixe, praias de areia grossa e mar calmo, além de cachoeiras, exposições culturais e uma infinidade de artesanatos produzidos por mãos habilidosas de quem nasceu ali ou escolheu a cidade para viver.
Não é difícil se perder e se entregar em Paraty. Apenas em um quadrado formado por dez ruas, o Centro Histórico se repete e se recria a cada esquina, com uma nova surpresa de um beco com flores que emolduram a paisagem, ou então um novo som que surge de um músico sentado na calçada.
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Um pouco de História
A cidade nasceu em 1667 em torno da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, que é a padroeira de Paraty. Por conta dos bons resultados nos engenhos de açúcar, a cidade teve uma grande importância econômica e ficou famosa pela produção aguardente. Tanto é que, até hoje, no mês de agosto, acontece o Festival da Cachaça.
As ruas foram todas traçadas do nascente para o poente e do norte para o sul. Todas as construções das moradias eram regulamentadas por lei e, quem desobedecesse as determinações, poderia pagar multa ou até mesmo ser preso.
A maçonaria também deixou uma forte marca nas fachadas dos sobrados onde são vistos desenhos geométricos em relevo. O seu Centro Histórico é considerado pela Unesco como “o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso” e é Patrimônio Nacional tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Já no século XVIII o porto de Paraty servia para o escoamento do ouro extraído em Minas Gerais até Portugal. Na década de 1970, Paraty despontou no turismo com a abertura da Estrada Paraty-Cunha e da construção da Rodovia Rio-Santos.
É no Centro Histórico que foram construídas quatro igrejas, cada uma voltada para uma camada da sociedade de antigamente, como senhoras aristocratas, escravos e homens pardos libertos.
Gastronomia em Paraty
Paraty é uma cidade democrática no que se diz respeito à culinária: é possível comer bem pagando R$ 20 ou R$ 100. A maioria dos bares e restaurantes ficam concentrados na Rua Marechal Deodoro, no Centro Histórico. Em meio ao calçamento desnivelado, as mesinhas são montadas na rua na frente dos bares que também contam com música ao vivo, como é o caso do Sarau Paraty Bar e Restaurante.
O clima é de descontração e o som costuma rolar até às 1h. O cardápio oferece peixes, frangos, carnes e porções com molhos especiais. A média de preço fica em torno de R$ 60 o prato.
Já no Restaurante Matriz, o sabor do tempero caseiro é inigualável. A refeição costuma sair por R$ 25 e o cardápio ainda oferece cervejas artesanais do Vale do Paraíba, que fica São Paulo.
A pedida para quem vai até Paraty é a bebida Jorge Amado. O drink, em homenagem ao autor, leva a cachaça batizada com o nome de sua personagem mais famosa: Gabriela. Para completar, ela é preparada com limão e maracujá. O sabor, porém, em muito se assemelha ao gosto de doce de abóbora. No Sarau, a bebida sai por R$ 18.
Como chegar em Paraty?
Saindo de São Paulo, pra quem for de carro, existem diversas rotas, como descer para o litoral via Mogi-Bertioga, Rio-Santos ou pela Rodovia dos Tamoios. Já para quem vem do Rio de Janeiro, é preciso passar pela Rio-Santos e pela Dutra. No portal de informações de Paraty, um mapa indica todos os caminhos possíveis.
De ônibus, a empresa que faz a linha São Paulo-Paraty é a Reunidas Paulista. A passagem de ida é de R$ 78.62 e a volta sai por R$ 77.37 (valores referentes ao mês de novembro de 2017). A viagem é de 6h, com duas paradas de 30 minutos cada.
Para quem parte do Rio de Janeiro é preciso procurar os serviços da Viação Costa Verde com passagens de R$ 83,45 e R$ 78, ida e volta, respectivamente. A viagem costuma durar 4h40.
Onde ficar em Paraty?
Paraty conta com uma ampla estrutura hoteleira: existem pousadas no Centro Histórico, no bairro do Pontal (do ladinho do Centro Histórico e próximo da praia), além de outros bairros mais afastados. Você pode reservar sua hospedagem clicando aqui.
Durante o feriado, fiquei hospedada na Pousada A Joana, de frente para a Praia do Pontal. Simples e aconchegante, o que mais me impressionou na pousada, foi o fato do café da manhã ser servido em mesinhas montadas na área externa da pousada, de frente para o mar!
7 Comments
Paraty realmente parece linda demais, conheci muito pouco voltando da Praia do Sono e deu muita vontade de conhecer. Você recomenda quantos dias por lá?
Ahhhh, que lindo esse post sobre minha cidade lindaaa! Muito rico em informações! 💙
Eu adorei o post, parabéns! Quantos dias você recomenda ficar na cidade e qual a melhor época para conhecer? Bjs
Paraty é muito fofa, né? E quanta históri tem essa cidade, sem falar na gastronomia, praias e clima bem gostoso! Post completo! Adorei!!!
Oi Maiara,
Post completíssimo, todas as infos que precisamos!
Eu só fui a Paraty quando era bem nova e lembro que não era permitido entrar de carro em algumas partes. Ainda é assim? Como funciona, você sabe?
Obrigada!
Oii Maiara
Adorei seu post! Sou de Bh e estou doida para ir a Paraty, estive inclusive pesquisando coisas sobre la recentemente! Queria ir no reveillon mas não vai dar, espero ir no ano que vem!
Adorei a dica da bebida Jorge amado que parece deliciosa e da pousada!
Bjus
Ai que delícia! Tenho muita vontade de conhecer Paraty e com certeza vou usar suas dicas quando eu for, são muito boas 😉