A mulher viajante não procura um amor que carregue a mochila quando exagera na bagagem, mas que lhe dê as mãos quando os pés não alcançarem o próximo degrau da trilha.
Um amor que não convide para ir de primeira classe e ficar num hotel all incluse em Miami, mas que aceite fazer um mochilão pela América do Sul.
Um amor que não a encoraje a gastar toda a grana numa viagem de cinco dias pelo Nordeste em pleno mês de janeiro, mas que convide para um final de semana em uma pousadinha a beira mar do Litoral Norte de São Paulo.
Um amor que não leve no Japonês mais famoso do momento, mas que queira cozinhar na cozinha apertadinha do hostel em Curitiba.
Um amor que não convide para uma viagem até Paris, mas que tope saltar de asa delta no Rio de Janeiro.
Um amor que não queria pagar o triplo da passagem, só pra ir sem escalas. Mas que não ligue de ficar no volante por oito horas até o Espírito Santo só pra ouvir toda a playlist feita para a viagem.
Um amor que não fique bravo quando decidir viajar só com as minhas amigas pra Bahia, mas que me proporcione uma viagem inesquecível pra Santo Antônio do Pinhal.
Um amor que faça seguir até o final da trilha numa cidade qualquer de Minas porque ele sabe que lá está escondida a cachoeira mais bonita.
Um amor que faça esquecer dos pernilongos quando resolvermos acampar em Ilhabela, que tenha o mesmo brilho nos olhos quando resolvermos ir para a Amazônia, quando formos andar de balão na Turquia e quando visitarmos a Lagoa Azul em Bonito.
Um amor que compreenda essa vontade de viajar e proporcione momentos inesquecíveis pra onde quer que a gente vá. E que faça esquecer de todos os perrengues… porque estará sempre do lado.
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