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Conheça 5 mulheres viajantes que fizeram história

Oito de março é conhecido internacionalmente como “Dia das Mulheres”. Mais do que flores e parabéns, é uma dia de reflexão sobre todos os obstáculos que ainda precisam ser vencidos em prol da igualdade de gênero.

É data para pensarmos também a respeito de todas as nossas conquistas. Se hoje podemos trabalhar, votar, estudar e até mesmo viajar sozinhas, foi graças à mulheres fortes e a frente do seu tempo que romperam tabus e abriram caminhos para nossa liberdade.

Saiba mais:

Por isso, conheça agora a história de sete mulheres viajantes que fizeram história e não merecem ser esquecidas:

Nellie Bly

Foto: Reprodução/Melhores Destinos

A jornalista investigativa americana escreveu o livro “Volta ao Mundo em 72 dias” e decidiu quebrar o recorde do tempo de viagem do fictício personagem de Júlio Verne.

Para conseguir este feito no final do século XIX ela precisou travar alguns embates – a começar com o editor do jornal onde trabalhava. Antes disso, ela passou seis meses no México, acompanhou a rotina de um manicômio por dez dias.

A volta ao mundo de Nellie Bly começou em 12 de novembro de 1889 e a jornalista conseguiu a façanha de poder viajar sozinha, em um período que as mulheres não podiam nem votar.

Seu roteiro, que começou por Nova York, passou por Londres, Amiens (que fica na França, onde ela conheceu o escritor Julio Verne), Brindisi (na Itália), o canal de Suez, Colombo, Penang (na Malásia), Cingapura, Hong Kong, Japão e São Francisco antes de voltar para Nova York. O resultado da viagem foi o livro Around the World in Seventy-Two Days.

Isabella Bird

Foto: Reprodução/Melhores Destinos

A menina que nasceu na Inglaterra enfrentou diversos problemas de saúde ainda na infância. Quando ela cresceu, porém, encontrou forças para encarar aventuras no século XIX.

Aos 19 anos, por indicação médica para amenizar a insônia e depressão de uma cirurgia mal feita para retirada de um tumor a coluna, Isabella fez uma viagem de navio. O destino escolhido foi o Canadá e os Estados Unidos. Ao longo da viagem, ela descobriu que não enfrentava tantas dificuldades para dormir fora de casa e escreveu seu primeiro livro: The Englishwoman in America.

Foi através do livro que Isabella conseguiu financiar suas próximas viagens. Após a morte do pai e da mudança para Escócia, ela voltou para América do Norte por algumas vezes e visitou o Mediterrâneo também.

Mas foi no Havaí, porém, que a vida de Isabella mudou: ela aprendeu a cavalgar, escalou vulcões e viveu como uma nativa na ilha. A viagem rendeu outro livro: Six Months in the Sandwich Islands. A lista de destinos da escritora ainda incluiu o Japão, a Índia Pérsia (atual Irã), Curdistão e Turquia.

Isabella morreu aos 73 anos planejando uma nova viagem. Em reconhecimento às suas viagens e as contribuições de seus livros, com informações geográficas, culturais, políticas e sociais dos lugares pelos quais ela passou, Bird foi a primeira mulher a fazer parte da Real Sociedade Geográfica, em 1882.

Madame Tibet

Foto: Reprodução/Melhores Destinos

A menina que cresceu ouvindo conselhos para viver a vida intensamente, logo se encantou pela filosofia budista e pelas viagens do autor Julio Verne.

Quando tinha 19 anos ela viajou a pé da Suíça até a Itália. Em 1890 realizou o seu sonho de conhecer a Índia. Depois de viajar para o Vietnã, ela foi cantora em uma companhia de teatro – o que lhe proporcionou novas viagens para o norte da África e para a Grécia.

Alexandra David-Néel, nome verdadeiro de Madame Tibet, se casou, mas entrou em depressão. Seu marido lhe enviou para uma viagem na Índia que deveria durar 18 meses, mas acabou durando 14 anos.

Foi lá que ela conheceu Dalai Lama e tentou visitar a cidade de Lhasa – que era proibida para estrangeiros. Ela só conseguiu entrar depois de se vestir de mendiga.

Suas aventuras e experiências originaram mais de 40 livros. O mais famoso deles é “Viagem ao Tibet”.

Rosita Forbes

Foto: Reprodução/Melhores Destinos

A primeira aventura de Rosita Forbes foi financiada pela venda do seu anel de noivado. A sua facilidade para se comunicar, fazer amigos e se integrar às novas culturas que conhecia, lhe ajudaram nos destinos por onde passou.

Em 1921, percorreu os desertos da Líbia, passou por locais sagrados de peregrinação, dirigiu pelo Uzbequistão, visitou lugares proibidos e perigosos, como Peshawar.

Sozinha, para conseguir todos esses feitos, muitas vezes ela se vestia de homem. Rosita escreveu 18 livros sobre todas aquelas suas experiências que viríamos chamar de “perrengues”.

Nísia Floresta

Foto: Reprodução/Melhores Destinos

A pequena cidade gaúcha de Nísia Floresta homenageia uma mulher viajante, revolucionária e que lutou pelos direitos femininos e pela abolição da escravatura. Diosínia Gonçalves Pinto, nome de batismo de Nísia, publicou mais de 15 livros, tanto no Brasil quanto na Europa.

Ao longo de sua vida, ela viveu de perto as revoluções contrárias à dominação portuguesa no Brasil e também se envolveu com as revoluções que aconteciam no continente europeu, escrevendo artigos para os jornais.

No Brasil, ela morou no Rio Grande do Norte, em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Já na Europa Nísia passou pela França, Portugal, Itália, Inglaterra e Alemanha, por exemplo.

O primeiro livro resultante dessas jornadas foi “Itinerário de uma viagem à Alemanha”, em que ela reúne 34 cartas enviadas para a família e fala as suas impressões pessoais, como o que viu nas cidades, descrições de monumentos e de praças.

Entre 1858 e 1861, ela parte para três anos e meio de viagem pela Itália, que rendem dois volumes de um mesmo livro “Três anos na Itália, seguidos de uma viagem à Grécia”.

Apesar de toda sua obra, a autora foi por muitos e muitos anos esquecida e seus textos e livros publicados na Europa só foram traduzidos para o português um século depois.

Gostou?

O 360 meridianos possui um especial sobre Mulheres Viajantes, em que você pode conferir mais a fundo sobre sobre importantes personagens da história.

E você… o que tem feito para fazer história?

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