Skip to content

Ao som das águas até a Serrinha do Alambari

A viagem para a Serrinha do Alambari começa dentro de um ônibus de linha intermunicipal que parte de Resende. Em pouco mais de uma hora, a estrada revela um Rio de Janeiro diferente da agitação das praias da capital e da região dos Lagos.

Entre paisagens de montanhas, campos e pássaros, o ônibus faz uma parada na beira da estrada onde um senhor, acompanhado do seu filho, aguarda encostado em uma Kombi branca.

O ônibus, então, desacelera até que o motorista pisa no freio e para de vez na estrada. Como se já tivessem habituados, pai e filho se apressam em colocar sacos grandes cheios de pães no assoalho do ônibus.

Uma, duas viagens e, na última, o menino ainda entrega uma sacola de pães menor ao motorista, que responde com um “obrigado”. Os dois desembarcam e a viagem continua com os sacos de pães a bordo.

Quilômetros a diante, um funcionário de uma lanchonete no bairro da Capelinha aguarda a chegada do ônibus: ele entra cumprimenta o motorista, confere a sua encomenda de pães e checa o nome marcado num papel preso na boca do saco. Ao descer, o motorista segue a viagem fazendo mais entregas nos vilarejos.

Apesar da experiência da idade, um senhor de pele negra e olhos claros observa tudo pela janela com ar de novidade. A paisagem encanta e, na medida em que a Serrinha fica mais próxima, os caminhos d´água e cachoeiras se fazem mais presentes.

BOOKING.COM: RESERVE SUA HOSPEDAGEM AQUI!

Saiba mais:

As cachoeiras da Serrinha do Alambari estão em uma Área de Proteção Ambiental (APA). A Serrinha fica na encosta leste do Parque Nacional de Itatiaia e também faz parte da região do Pico das Agulhas Negras. Além do ecoturismo, muitos procuram a região para a prática de esportes de aventura.

Do centrinho da Vila até o Camping Clube do Brasil, onde estão alguns dos poços mais procurados, são 4 km e, para quem se aventura ir a pé, a estrada não esconde grandes desafios. O som das águas é o guia durante a caminhada que dura aproximadamente 45 minutos.

A entrada pelo camping fica logo depois da Cachoeira do Rio Piratininga, que fica na beira da estrada e é permitido o acesso para banho. A entrada do camping custa R$ 18,50 para os visitantes e a estrutura inclui restaurante por quilo, banheiros com chuveiros, estacionamento, pias para lavar louça e até mesmo uma sauna. Os valores para quem vai acampar estão disponíveis no site do camping.

Quem vai até lá não deve contar apenas com o cartão, já que o sinal não funciona muito bem, por isso é importante levar uma reserva em dinheiro.

Para fazer as trilhas até as cachoeiras não é preciso ir acompanhado de guia, já que as placas instaladas mostram o caminho a seguir. A cachoeira mais procurada do camping é o Poço das Esmeraldas, a última da trilha. A dica é chegar cedo e ir direto para lá.

As águas são cristalinas e o verde da mata se confunde com o tom das águas. Apesar de se apresentar inocente, com pedras pequenas no fundo e uma pequena queda d´água, sua correnteza é forte próximo da queda e ela chega a medir mais de 2 metros de profundidade em alguns pontos. Mas nem isso e nem a temperatura da água são capazes de amenizar a beleza do local.

Na trilha de volta ainda existem os poços: Confluência, Bananal, Champagne, Duchinha, Dourado e Pinguela para visitação. No poço do Bananal é possível relaxar ao sentir a água caindo sobre suas costas e na cabeça, quando se senta em uma das pedras próximo das pequenas quedas que se multiplicam no percurso d´água. Lá, porém, não é possível nadar.

Já o poço de Cima fica do lado da sauna, que é cobrado o valor de R$ 10 para a utilização do equipamento. O poço dessa cachoeira é generoso com quem gosta de nadar.

Em geral, na parte da manhã é possível conhecer todos os poços (mesmo com paradas para banho). A dica é almoçar o restaurante do camping e seguir, no período da tarde, para a visitação dos poços do Céu e do Dinossauro que ficam em uma propriedade particular pouco mais a diante.

O restaurante funciona no esquema self-service e é possível almoçar em bancos largos de madeira, ao som da cachoeira, ou então, de olho dos beija-flores que rodeiam as árvores.

A entrada para os poços do Céu e do Dinossauro custa R$ 35 e a trilha é leve, porém, um pouco mais exigente do que as do camping. Em algumas subidas foram instaladas cordas nas pedras para facilitar a travessia.

A primeira cachoeira a ser visitada é o poço do Céu. A força da queda d´água forma uma garoa fina que molha quem resolve atravessar para o outro lado da borda do poço mais fundo. Descendo, existe um poço mais amplo, mas cheio de pedras soltas no fundo. É por baixo também que se continua a trilha até o poço do Dinossauro.

DICAS:

– Partindo de Resende, aos finais de semana, os horários de ônibus para a Serrinha costumam ser limitados. Por isso é bom checar antes com a Viação Penedo. O telefone de lá é o (24) 3381-8861 e a passagem custa R$ 3,80 (valores referentes ao mês de fevereiro de 2018).

– Quem for de carro até o camping o trajeto é tranquilo. Porém, quem quiser subir até os poços do Céu e do Dinossauro, o ideal é ir de 4×4, ou então, a pé.

– A região possui muitas outras cachoeiras. Se tiver com tempo, inclua no roteiro as cidades de Penedo, Maringá, Maromba e Visconde de Mauá.

– Repelente sempre!

 

 

Deixe um

Comentário

3 Comments

  1. Oi! Você poderia me dizer se no entorno do campinho há algum tipo de comércio ? Padaria, mercadinho ou algo do tipo ?

    E também gostaria de saber o valor do restaurante do camping, se puder passar.

  2. Legal as informações ,valeu!

  3. Que aventura legal! Me vi dentro desse ônibus que leva os pães, hehe.
    Gosto muito de destinos assim, menos explorados e em contato com a natureza.


Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Salve no

Pinterest

Salve essas dicas no Pinterest e aproveite melhor a sua viagem pelo Brasil!
Serrinha do Alambari @meudestinoelogoali

Escute no

Spotify

Outras

Viagens