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Confira as belezas de São Luís

Um jeito único de namorar fez com que São Luís ficasse conhecida como a Ilha do Amor. Entre casarões históricos do período colonial português e a influência do reggae jamaicano, a capital do Maranhão vive uma efervescência cultural pelas ruas e é palco de novas histórias de amor.

Antigamente, os pais deviam estar presentes no namoro dos filhos e, para despistá-los, os jovens de São Luis criaram um código. Toda vez que o rapaz desejava ficar a sós com a sua namorada, lhe enviava uma cajá.

Além da fruta típica ser saborosa e refrescante, o presente resumia a intenção de “venha cá já”, ou, simplesmente “cá-já”. A garota que atendesse o pedido, porém, não ia aproveitar momentos a sós ao lado do namorado. O encontro acontecia em bancos largos construídos na beira-mar, que resistem até hoje, mas cada um devia sentar-se de um lado do poste de iluminação instalado no meio dos bancos.

Hoje o namoro se reinventou em São Luís e o jeito de dançar reggae agarradinho facilitou a conquista.

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A ligação do ritmo jamaicano com a cidade começou na década de 1970. Várias são as teorias e explicações de como o reggae exerce tanta influência sobre os maranhenses. Uma das mais conhecidas é que os marinheiros que chegavam ao porto de São Luís e de Cururupu deixavam os discos de reggae da Jamaica nas zonas de prostituição como forma de pagamento dos serviços das mulheres.

Das casas de prostituição e da periferia, o reggae conquistou adeptos pelo centro e deu o título de “Jamaica Brasileira” para São Luís na década de 1980.

Saiba mais:

A cada esquina do Centro Histórico, o ritmo dançante é ouvido dos bares e das praças. Casais de todas as idades balançam seus corpos pelas ruas, até mesmo à caminho de casa quando a festa já acabou.

São Luís tornou-se referência para os músicos que desejam sucesso e, não raro, um degrau de um casarão pode se tornar palco para jovens com violão nas mãos e dreads no cabelo que apresentam seu novo som. E, dali em diante, as ruas e praças marcadas com frases de protesto diante da situação política do país, se tornam a plateia e a esperança do início do caminho de sucesso.

Para preservar a cultura do gênero musical, um prédio no Centro Histórico abriga o Museu do Reggae com fotos, vídeos e discos. Logo na entrada, um ambiente já simula o tradicional clube Pop Som, um bar típico de reggae com um grande paredão de caixas de som. O espaço traz ainda um espaço especial para grandes nomes imortais do reggae.

O endereço do Museu do Reggae é a Rua da Estrela. O Museu fica aberto para visitação de terça a sábado, das 10h às 20h e aos domingos, das 10h às 13h.

Palácio dos Leões

Revestidos por azulejos portugueses, os casarões coloniais lutam para sobreviver. Entre prédios abandonados e em reforma, o estilo da construção revela mais do que uma linha arquitetônica e, sim, o modo de vida de toda uma sociedade e histórias de batalhas e lutas  travadas entre portugueses, holandeses e franceses.

Um dos exemplos das influências que a capital do Maranhão recebeu é a construção do Palácio dos Leões. Hoje, sede do governo estadual, o palácio tem um acervo de mobiliário, telas, porcelanas, esculturas, pratarias e gravuras, que vão desde o século XVII ao XX.

O Palácio foi construído no século XVII por franceses que se estabeleceram no Maranhão. Com a expulsão da França da região, os portugueses iniciaram a construção de um forte no local e, em seguida, o palácio deu sede ao governo do estado e passou por várias reformas.

Hoje o espaço é dividido em três áreas: o setor administrativo e de residência do governador e os visitantes podem conhecer parte do palácio.

A visita é gratuita e, de lembrança, o visitante leva uma foto de presente como registro do passeio. O Palácio pode ser visitado de terça a sexta-feira, das 9h às 18h e, aos sábados e domingos, das 9h às 17h. Visitas em grupos precisam ser agendadas pelo telefone (98) 2108-9108. O endereço é a Av. D. Pedro II, s/n, no Centro.

Catedral da Sé e Museu de Arte Sacra

Bem no meio da Praça Dom Pedro II, um espelho d´água abriga uma grande escultura de uma vitória-régia. Em cima dela, somente a leveza do corpo feminino de uma índia encantada a olhar em direção ao mar. Ali se reflete a imagem de duas importantes construções de São Luis: a Catedral Metropolitana de São Luis do Maranhão e o Museu de Arte Sacra.

Toda revestida em ouro 22k, o altar da Catedral da Sé é dedicado à Nossa Senhora da Vitória, padroeira dos portugueses durante a batalha contra o exército francês. O barroco é representado na construção através dos detalhes e da simetria na pintura e nas imagens.

No chão, o piso original ainda está preservado depois de um processo de restauração. Ao olhar para o teto, lá está a obra de arte do pintor maranhense João de Deus, de 1927.

Ao lado da Catedral fica o Museu de Arte Sacra. O acervo do museu conta com uma coleção de paramentos e imagens de santos de diversos estilos, como o barroco, rococó e neoclássico.

A visitação é gratuita e acontece, de terça à sexta-feira, das 9h às 17h30 e, aos sábados, o expediente se encerra às 17h. Já aos domingos, o horário é das 9h às 13h. O telefone para mais informações do museu é o (98) 3218-9921.

Casa das Tulhas

De volta ao Centro Histórico, todos os caminhos passam pela Casa das Tulhas. O mercado foi construído em 1861 e abastecia toda a cidade com mantimentos, peixes e frutas. Hoje, o comércio de alimentos básicos de consumo se mantém, mas há boxes especializados em cachaças, bebidas afrodisíacas, geleias e doces, além camarão e peixes, artesanato, roupas, literatura de cordel e discos de vinil.

Entre os labirintos dos corredores, enfeitados com bandeirinhas coloridas, moradores se reúnem para conversar, assistir uma partida de futebol pela televisão, tomar uma cerveja e comer um aperitivo.

Outra boa opção para compras de castanhas, farinhas e peixes é o Mercado Central. Um pouco fora da rota turística, o espaço comercializa produtos com preços mais atraentes.

Praias

O litoral de São Luís conta com praias de águas calmas, como Caolho, Calhau e de São Marcos. Apesar do Guaraná Jesus ser mais vendido que a Coca-Cola no estado do Maranhão, a pedida na praia é a água de coco.

Toda a orla da praia é composta por quiosques à beira-mar e uma diversidade de restaurantes do outro lado da Avenida Litorânea.

Na altura da praia do Caolho, plaquinhas fincadas na areia dão algumas sugestões aos visitantes, como “se seu amigo vale ouro, venda e vá viajar”. Ou ainda: “É hora de descoisar as coisas que estão coisadas.”

Antes de um mergulho para relaxar, lembre-se de “pause a mente, sinta a vibe.”

Para se programar:

Um bom jeito de conhecer São Luis é com o city tour da Kairós Tur. O guia competentíssimo Sebastião encanta com a sua simpatia e confiança na informação que passa. Os versos de Ilha Magnética, música de César Nascimento, que diz “outro dia me disseram que o amor nasceu aqui”, se tornam poema em sua fala e farão você crer que “se um dia eu for embora pra bem longe deste chão, eu jamais te esquecerei São Luis do Maranhão!”

Todo o trajeto é feito em carro confortável e seguro. A empresa oferece passeios e pacotes pelos Lençóis Maranhenses e nas cidades de Raposa e São José de Ribamar. Para facilitar a vida de quem está chegando no Maranhão, a Kairós também trabalha com transfers partindo do aeroporto (e vice-versa) e traslados para Barreirinhas.

O serviço é oferecido diariamente, mediante reserva, em carros de passeio, van e micro-ônibus. A facilidade e a comodidade é que empresa te busca onde você está hospedado e o desembarque é feito na sua próxima hospedagem de destino, sem a necessidade de deslocamento por conta própria.

Para aproveitar ainda mais as atrações culturais de São Luis, o Palma Hostel está no coração do Centro Histórico, distante apenas 200 metros da Casa das Tulhas e a mesma distância da Catedral da Sé. Com ambiente e decoração aconchegante, entre sofás e redes, a boa estrutura do hostel ainda conta com wi-fii, quartos para famílias, roupa de cama, chuveiro elétrico, ar-condicionado e varanda em todos os quartos.

Uma preocupação de quem se hospeda em quartos compartilhados é com o banheiro. No Palma Hostel, o espaço é amplo para se trocar depois do banho, os quartos ainda contam com cabides e prateleiras e são limpos diariamente.

O café da manhã é completo com café, frios, pães e opções de sucos. Na área da cozinha, fogão e panelas estão disponíveis para preparar refeições e lanches e os alimentos podem ser guardados em uma geladeira exclusiva dos hóspedes. A recepção funciona 24h e fala o seu idioma, seja ele português, inglês, espanhol ou francês.

*A viagem para São Luís teve apoio da Kairós Tur e do Palma Hostel. Apesar disso, as informações aqui descritas são livres de qualquer contraprestação.

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Comentário

15 Comments

  1. Dicas completas,muito bom o texto.

    Ótimo trabalho!

    Sucesso ao blog

    • Demais!!!! Parabéns pelo conteúdo ..adorei as dicas e com certeza está tudo anotado

    • Que texto incrível!
      Parabéns!
      Eu sou apaixonada por São Luís mesmo sem conhecer, sempre achei fascinante a conexão com o reggae! E nem sabia que tinha tanta coisa pra fazer…

    • Amei o texto! São Luís e Lençóis estão na minha lista de viagens!
      Muito obrigada pelas dicas e contribuição.
      Bjs😘

  2. Que belíssimoooo!!! Nosso Brasil tem tantos lugares incríveis! Já vou usar as dicas para me programar pra essa trip! Quero muito

  3. Conheci São Luís de passagem para Lençóis Maranhenses. Que pena que não me programei para ficar mais tempo. Um lugar cheio de história. Adorei o post!!!

  4. Amei demais o post. Adoro essas curiosidades sobre os lugares. Eu adoro um suco de cajá. Amei as dicas de lugares históricos. Tá na lista! Super beijo!

  5. Que texto, Maiara! É como se eu pudesse sentir o clima dessa cidade, envolvido pelas suas emoções, a cada linha. Pelo visto foi marcante, hein?

    Adorei. Um amorzinho! <3

  6. Por coincidência, estou voltando a São Luis por esses dias e estou aqui anotando todos esses roteiros

  7. Maravilhoso o texto, deu muita vontade de dançar reggae, e conhecer melhor o centro histórico de São Luís.

  8. Que demais essa história dos romances haha fico pensando que hoje ninguém iria querer sentar meio distante não kkkk Eu também não sabia da influência jamaicana, estou com mais vontade ainda de conhecer São Luis.

  9. Amei todas essas dicas! Não sabia de tanta coisa!!! Já anotei a referencia de agência! Tão bom quando temos recomendação de guia!!!

  10. Nossa que demais! Não sabia que São Luis tinha tantas coisas interessantes! É bom saber, porque o dia que eu for para os Lençois, passo uns dias em São Luis também! Valeu pela dica!

  11. Sou doida pra conhecer São Luis e esticar até os lençois!
    Salvei esse post pra quando eu for! 🙂

  12. Adorei conhecer mais sobre São Luís, ainda não tive o prazer de conhecer a cidade pessoalmente e fiquei imaginado os casais com o cajá. Adorei esse história. Achei lindo o espelho d´água com a vitória-régia. Parabéns pelo post!!!


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