De longe, o branco da construção dos Arcos da Lapa clareia ainda mais os dias ensolarados do Rio de Janeiro. De um lado, o trânsito carregado e a agitação da cidade e, lá de cima, o frescor dos bondes ao deslizar sobre os trilhos.
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Antes mesmo do transporte de passageiros pelo bonde até Santa Tereza, era através dos arcos que a água do Rio Carioca era levada, desde Santa Tereza, até o Largo da Carioca, no Centro.
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Antigamente, no Largo da Carioca existia a Lagoa de Santo Antônio. Com o passar dos anos, o local foi aterrado e um chafariz, que também deixou de existir, era irrigado com a água que vinha lá do alto de Santa Tereza.
Já o passeio no bonde custa R$ 20 e o embarque é feito a cada 30 minutos, na Rua Lélio Gama, próximo à estação Carioca do metrô. As viagens, de segunda a sexta, acontecem das 8h às 17h45. Já aos sábados, o horário de funcionamento é das 10h às 18h.
O destino final do bondinho é o bairro de Santa Tereza. As ruas por onde passam os trilhos dividem espaço com ateliês, centros culturais, bares e restaurantes.
A povoação no bairro começou por volta de 1750, no morro do Desterro. Seus primeiros moradores pertenciam à classe alta. Depois, surgiram, então, vários casarões e mansões inspirados na arquitetura francesa, dos quais muitos estão de pé até hoje.
Escadaria Selarón
De paredes vermelhas e degraus trabalhados em azulejos que lembram as cores da bandeira do Brasil, a escadaria Selarón se tornou um dos ícones do Rio de Janeiro.
Todo o trabalho de revestimento foi feito pelo artista Jorge Selarón, um chileno que se mudou para o Rio na década de 1990. Selarón mesclava azulejos lisos, que formavam mosaicos, com peças pintadas sobre os mais diversos assuntos – desde carruagens, até aviões, passando por castelos e imagens de santos.
Muitos dos azulejos foram feitos por artistas brasileiros. Outros foram doados, como presente, ao artista. Logo que se mudou para o Rio de Janeiro, Selarón iniciou o trabalho na escadaria e foi ali também que montou seu ateliê.
Selarón morava no local e foi encontrado morto na própria escadaria que ajudou a colorir em 2013, quando tinha 65 anos. O seu corpo estava carbonizado e, antes de falecer, o artista relatava que vinha sofrendo ameaças.
Ainda em vida, no ano de 2005, a Prefeitura do Rio tombou a escadaria.
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