Antes de chegar em Jeri, a ansiedade era grande! Havia criado altas expectativas por conta dos comentários dos amigos que já tinham ido pra lá – isso inclui principalmente a Yara, que me acompanhava pela Rota das Emoções – e também pelas belas paisagens que via em fotos na internet.
Chegando lá, fomos direto pro hostel onde ficaríamos hospedadas e conhecemos duas meninas de Minas Gerais que se tornaram nossas amigas logo nos primeiros minutos de conversa, ainda mais depois que uma delas disse: Aqui na frente tem um PF (Prato Feito) que custa R$ 16 e dá pra duas pessoas!
Como nao amar gente que indica lugares com comida barata?
Ao longo daqueles diias, as duas duplas de amizade se uniram e formamos um quarteto inseparável! Fizemos passeios juntas, saimos à noite e a cumplicidade continuava dentro do quarto durante as conversas que tivemos…
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Fizemos os tradicionais passeios para o Lado Leste e Lado Oeste de Jeri, mas confesso que não foi nenhuma experiência que me surpreendeu e arrancou um “UAU” da minha boca.
No Lado Leste visitamos a Árvore da Preguiça, a Lagoa do Paraíso, o Buraco Azul e outros empreendimentos turísticos. Já no Lado Oeste vimos as dunas, um toboágua montado nas areias do Parque Nacional de Jericoacoara e os cavalos marinhos próximos a um mangue.
Um dos meus maiores desconfortos foi, justamente, nessa parada para avistar-se os cavalos marinhos, já que o barqueiro retirava o animal do seu habitat natural e o colocava dentro de um pote de vidro transparente somente pra que os visitantes pudessem fotografá-lo!
Não tenho informações de como isso pode estressar o bichinho, mas não adiantou tentar conversar com uma outra ocupante do barco sobre as outras maneiras que existem pra conhecermos a biodiversidade da natureza, sem invadi-la e desrespeitá-la… A selfie que ela levou pra casa foi mais importante.
Apesar dos passeios serem bem “fracos”, no meu ponto de vista, sem muita beleza natural já que passamos por diversos complexos turísticos “criados” pelo homem, a Vila de Jeri é um encanto que só vendo!
Ruas de areia, casinhas coloridas e charmosas com flores na parede… São muitas as opções de restaurantes, lojinhas e lugares para curtir música.
Há opções desde baladas, até rodas de samba e forró pé de serra. A cada noite visitamos um lugar diferente e fazíamos novas amizades.
Apesar dessa variedade de entretenimento, pra mim, os lugares que mais conquistaram meu coração foram aqueles que não precisamos pagar para visitar.
Ver o pôr do sol da Pedra Furada, ou da Duna do Por do Sol foram momentos de contemplação no silêncio, em meio ao agito da vila.
A alegria do público que fica na pracinha, em volta das incontáveis barracas de caipirinhas, ouvindo as bandas de forró se apresentando no esquema de “passar o chapéu”, não se vê em nenhum restaurante daquelas bandas…
E não digo isso apenas pela economia financeira, mas sim, pra ressaltar que a simplicidade da natureza pode ser valiosa também!
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