Mulheres que hoje são avós e mães apreenderam desde quando eram meninas a produção das panelas de barro. A identidade cultural das Paneleiras de Goiabeiras pouca coisa mudou ao longo de décadas de trabalho.
O ofício das paneleiras foi até reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro, registrado no Livro dos Saberes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O saber vem passando de geração em geração há mais de 400 anos e a técnica que elas utilizam segue o processo feito pelos índios.
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A argila é extraída de uma jazida no Vale do Mulembá e antes de ser usada, ela passa por um processo chamado “escolha” para retirar pedras e restos vegetais. Os instrumentos que são utilizados para dar forma às peças também são rudimentares: a cuia e a vassourinha de muxinga são feitos a partir de espécies vegetais encontradas nas proximidades.
Saiba mais:
A modelagem da peça é feita manualmente e, depois, a peça é queimada a céu aberto. Em seguida, é aplicado uma tinta de tanino, que dá resistência às panelas, protegendo-as dos fungos. A tinta também é responsável pela coloração escura das panelas.
O artesanato feito por elas ainda incluem potes, travessas, bules, caldeirões e frigideiras, em diversos tamanhos. A técnica cerâmica utilizada é reconhecida como legado cultural Tupi-Guarani e Una pelo Ministério da Cultura.
Hoje em dia, as paneleiras ganharam uma cooperativa para que elas produzam seus materiais em um galpão. Cada uma fabrica e vende as suas peças individualmente e o espaço tem recebido cada vez mais turistas.
O endereço do Galpão das Paneleiras é Rua Leopoldo Gomes Salles, 55, Goiabeiras. O espaço é aberto para visitação e os horários podem ser consultados pelo telefone (27) 3327-0519.
Dica: no Mercado Capixaba, alguns boxes vendem as Panelas de Goiabeiras.
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