Skip to content

A magia do São João no Nordeste

Junho, no Nordeste, não dura 30 dias. A festa em louvor aos santos juninos começa bem antes do calendário marcar o dia 1ª de junho e, muitas vezes, segue até julho em diante.

Digo isso, não somente pelas comemorações que agora duram até 60, 70 dias… mas pelo o jeito que o povo nordestino se relaciona com a festa: tem que plantar e colher o milho pra fazer pamonha e curau, tem que confeccionar as roupas pras apresentações de quadrilhas, tem ensaio das bandas e trios de forró, tem que cortar a madeira pra fazer a fogueira.

Muito se fala sobre os “São Joões” de Campina Grande, no interior da Paraíba, e de Caruaru, em Pernambuco. Visitei os dois e, antes que me perguntem, o meu propósito aqui não é elencar as vantagens e desvantagens de cada um, muito menos eleger a cidade que faz a melhor festa.

Cada festa me marcou de um jeito diferente, ao me apresentar os costumes dos paraibanos e pernambucanos.

Ao chegar em Caruaru, por exemplo, na noite de São Pedro, fiquei impressionada com a quantidade de fogueiras que avistei da janela do ônibus. Um desavisado poderia confundir aquele cenário como “barricadas de fogo”, mas eram simplesmente as famílias mantendo vivas as tradições de acender fogueiras, nas portas de casas, no meio da rua.

Aquelas chamas eram compartilhadas com os vizinhos mais próximos, com algumas comidas e, em alguns casos, até bandeirinhas nas portas.

Saiba mais:

No Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, me tornei fã do cantor Wesley Safadão, ao poder cantar junto com o cantor dono do hit que embalou todo meu mochilão pelo Nordeste: “pega o Guanabara e vem, pega o Guanabara e vem”.

E foi a bordo de mais um Guanabara que cheguei até Campina Grande. A estrutura montada no Parque do Povo realmente impressiona pela grandiosidade: restaurantes, lojinhas de lembrancinhas, a gigantesca fogueira, área de show com camarotes iguais aos grandes festivais de músicas que vemos no eixo São Paulo x Rio de Janeiro.

Lá viajei para o meu próprio interior ouvindo Santana, o Cantador, poetizando o amor, a natureza e exaltando o forró e o nordeste. Dancei sozinha e também arrisquei um “dois pra lá, dois pra cá”.

Depois do show, fui conferir as apresentações de quadrilha e vi os grupos esbanjando simpatia e beleza com os figurinos de luxo. Casais dançavam juntos, batiam os pés com força no chão e cantavam, com voz forte, os versos que exaltavam o Nordeste.

Nordeste não é só praia e o Brasil não é só país do carnaval e do futebol. É o país de Luiz Gonzaga, do forró e da festa junina também!

 

Deixe um

Comentário

Ninguém comentou ainda, seja o primeiro!


Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Salve no

Pinterest

Salve essas dicas no Pinterest e aproveite melhor a sua viagem pelo Brasil!
pins_mdela_pinterest

Escute no

Spotify

Outras

Viagens