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3 lugares para curtir a arquitetura em meio à natureza no Rio de Janeiro

Já dizia a música que o Rio de Janeiro é a “Cidade Maravilha da beleza e do caos”. Porém, em meio ao caos de uma cidade grande e dos problemas de violência, a beleza natural do Rio não passa despercebida. Além disso, existem alguns pontos da cidade onde é possível relaxar da agitação e, de quebra, conhecer um pouco mais da história carioca e também apreciar obras de arquitetura. Confira:

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Jardim Botânico

Logo na entrada do Jardim Botânico, o visitante recebe um mapa com a localização dos espaços e a indicação das espécies plantadas ao longo de 54 hectares. A minha dica, porém, é guardar o mapa apenas como lembrança e se perder entre os corredores, deixando à cargo da intuição e da curiosidade a indicação dos caminhos a seguir.

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E assim, de surpresa, é possível se deparar com um lago onde vivem vitórias-régias, encontrar obras de arte em meio a um percurso de água, ou ainda, embaixo de parreirais, ou então se deparar com estátuas que ajudam a contar lendas e a história da construção do Jardim Botânico.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro transmite uma paz única. Acompanhar o som das águas e dos pássaros, ou observar as borboletas diante das flores é uma tarefa que todos deveriam experimentar, ao menos, uma vez na vida.

Um dos cantinhos do Jardim Botânico mais visitados é o corredor de Palmeiras Imperiais. As primeiras mudas foram oferecidas ao príncipe regente D. João, que plantou a primeira árvore no Jardim Botânico em 1809.

A palmeira se propagou pelo país por conta dos escravos que, descumprindo as ordens do diretor do Jardim Botânico, furtavam sementes durante a noite para vendê-las por 100 contos de réis.

Elas são originárias da Guiana, na América Central, e podem medir até 50 metros de altura. No Brasil elas chegaram através do botânico, e oficial português, Luiz de Abreu Vieira e Silva, quando fugiu da prisão na ilha.

O Jardim Botânico do Rio possui o maior número de espécies exclusivas entre mais de 500 instituições do mundo todo. São 850 “raridades”, sendo que destas, 150 estão ameaçadas de extinção. Atualmente é um dos principais centros de pesquisa do planeta na área de botânica e preservação da diversidade. Os pesquisadores ainda querem aproveitar da riqueza e diversidade para ajudar nos processos de reflorestamento de áreas desmatadas.

A diversidade de espécies é tamanha no espaço que existe um espaço reservado apenas para as espécies da Amazônia. Durante expedições até a Amazônia, o pesquisador Adolpho Duck coletou um grande número de espécies para o Jardim Botânico.

Além de sumaúma, seringueira, açaizeiro e andiroba, algumas espécies consideradas ameaças de extinção também vivem por lá, como o mogno e a castanheira.

Até mesmo as tradicionais moradias amazônicas estão representadas dentro do Jardim Botânico. Dentro de um lago, foi construída uma cabana com cobertura de palha e a escultura de um pescador eterniza a vida do povo amazônico.

Às segundas-feiras, as visitas podem ser feitas das 12h às 19h. Já de terça a domingo, o horário de visitação é das 8h às 19h. O ingresso custa R$ 15, com meia-entrada,  e o pagamento é feito apenas em dinheiro. O Jardim Botânico do Rio tem duas entradas: pela Rua Jardim Botânico o portão fica na altura do número 1008. Já Rua Pacheco Jordão, os portões estão nos números 101 e 915.

De ônibus, todas as linhas de ônibus que passam pelo Jockey têm ponto na Rua Jardim Botânico nº 1008. De metrô, a estação mais próxima é a Botafogo e a entrada mais próximo é pela Rua Pacheco Jordão.

Parque Lage

Bem próximo do Jardim Botânico, na mesma rua, fica o Parque Lage. Na época do Brasil Colônia, ele funcionava como um engenho de açúcar e, por volta de 1660, ele passou a pertencer à família Rodrigo de Freitas Mello. Até hoje é possível encontrar algumas ruínas que relembram a época do engenho.

O seu projeto foi concebido em 1840, quando um nobre inglês comprou as terras e contratou o paisagista  John Tyndale para projetar um jardim de estilo romântico, nos moldes europeus.

Em 1859, parte da fazenda passa a ser propriedade de Antonio Martins Lage e, anos depois, em 1920, seu neto, Henrique Lage, é quem compra o espaço.

A residência do armador Henrique Lage, e sua esposa, a cantora lírica italiana Gabriela Besanzoni, era o cenário perfeito para reuniões culturais na década de 1970.

Apaixonado, e pensando em agradar a artista, Henrique manda construir uma réplica perfeita de um “palazzo romano”, e reformula parte do projeto paisagístico.

O caminho até o palacete é cercado por palmeiras imperiais. O casarão, construído em torno de uma piscina, tem mármores, azulejos e ladrilhos importados da Itália.

Para aumentar ainda mais a beleza do local, tudo isso está construído dentro de uma área do Parque Nacional da Tijuca, aos pés do Corcovado.

O Parque também está na Rua Jardim Botânico, número 414. O horário de funcionamento é das 8h às 17h e, durante o verão, os portões se fecham às 18h. A entrada é gratuita.

Parque das Ruínas

Já o Parque das Ruínas fica em Santa Tereza. A cada degrau alcançado até o ponto mais alto da construção é uma visão diferente do Rio: seja o Corcovado à sua direita, ou o Pão de Açúcar e o Aeroporto Santos Dumont ao centro e ainda a Central do Brasil e a Catedral de São Sebastião à esquerda. Os mirantes no térreo já surpreendem pela vista e, a cada lance de escada, é como se a beleza se ampliasse junto com o horizonte.

O vento chega a ser forte lá do alto e faz com que as faixas de tecido coloridas, instaladas na construção, dancem de acordo com a melodia da natureza.

A cada onde o parque está instalado pertencia à Laurinda Santos Lobo, que comandava um dos mais efervescentes salões cariocas. Era comum a presença de músicos, poetas e dançarinos nos saraus ali realizados. Laurinda é uma personagem constante também nas crônicas de João do Rio.

Em sua homenagem, inclusive, Heitor Villa Lobos compôs a peça “Quattour-Impressões da Vida Mundana”. Ela nasceu em Cuiabá, no ano de 1878, e tinha uma grande fortuna por conta dos negócios de exportação de agropecuária da família.

Em 1996, 50 anos após a sua morte, a prefeitura do Rio convidou os arquitetos Ernani Freire e Sonia Lopes para desenvolver o projeto do parque, que reúnem às ruínas do palacete, estruturas modernas de ferro e vidro.

O Parque das Ruínas fica na Rua Murtinho Nobre, 169, em Santa Teresa. Ele está aberto para visitação gratuita, de terça a domingo, das 8h às 18h.

 

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14 Comments

  1. Uau! Quanta coisa legal.. nem imaginava…
    Quero conhecer!

  2. Ótimo trabalho, texto, imagens. O conteúdo é tão envolvente que é possível fazer parte deste passeio, parabéns e continue nos levando para mais destinos logo ali.

  3. Que texto maravilhoso! Impossível não sentir vontade de viajar. Lugares encantadores.Parabéns pela matéria. Estou anciosa para saber qual será o próximo destino. Sucesso e boa viagem.

  4. Adoro essa parte do Rio! O Parque Laje é um dos meus lugares prediletos no Rio de Janeiro e esse parque das Ruínas deve ser demais. Gostei muito como você colocou cada maneira de chegar em cada um. Está demais esse post. Já vou tentar visitar esses lugares na minha próxima visita ao Rio!

  5. Que lindo esse post! Adoro ler posts do Rio de Janeiro mostrando coisas além das praias e do Cristo. Eu conheço o Jardim Botânico e o Parque Laje e acho eles simplesmente demais! Mas não conheço o parque das ruínas. Quero conhecer agora. E não fazia idéia sobre isso da Palmeira, que se espalharam ilegalmente por aí rs! Já quero visitar o Rio de novo. Eita lugar lindo!!

  6. O Jardim Botânico e Parque Laje são figurinha sempre presentes nos posts sobre o Rio, mas vou te falar que nunca escutei falar sobre o Parque das Ruínas! Adorei a dica, a vista e história dele. Com certeza vou visitar na minha próxima ida à cidade maravilhosa.

  7. Adoro o Jardim Botânico do Rio! Um refúgio no meio da cidade… ótimo para um dia relaxante. O Parque Lage conheci mês passado e adorei – que construção linde… Adoro quando o lugar conta a história também! O Parque das Ruínas foi novidade pra mim. Vou querer conhecê-lo na minha próxima ida ao RJ!

  8. Adoro o Jardim Botânico do Rio, já fui algumas vezes. Sou doida p conhecer o parque Lage, mas ainda não tinha ouvido falar do Parque das Ruínas. Na próxima viagem vou tentar visitar os dois.

  9. Amo o Jardim Botânico, mas qd o visitei não sabia da existência do Parque Lage e, por isso, não visitei. Mas tenho muita vontade. E não conhecia a história do lugar que vc contou! Muito legal! Já do Parque das Ruínas nunca havia ouvido falar. Nunca li sobre ele em nenhum blog. Muito bom ter conhecimento sobre mais este cantinho do Rio. Oh cidade para ter coisa para se conhecer!

  10. Desses que você citou só conheço o Jardim Botânico e tenho que confessar que foi o mais bonito que conheci até hoje.
    O PARQUE Lage sempre esteve em minha listinha e realmente preciso conhecer, sempre vejo fotos lindas por lá e fico babando.

  11. Lendo seu post chego a conclusão que preciso voltar ao Rio com urgência kkkkkk. Fui ao rio numa vigem super rápida e só deu pra conhecer o básico do básico. Show de dicas

  12. Amo esses lugares! Uma dica um pouco longe, mas maravilhosa é o Sítio Roberto Burle Marx em Guaratiba.
    Foi a residência do próprio até a sua morte. Os jardins e a arquitetura são maravilhosos!!!

  13. Vou pro Rio próxima semana, esse post caiu como uma luva, pq tenho pouco tempo e queria saber o que fazer. Amei a dica do Parque Lage, obrigada!!

  14. Já fui inúmeras vezes ao Rio… porém não conheci nenhum desses 3 lugares!

    Na próxima, serão visitados. Parque Lage virou um queridinho de muitos, e com razão. O Jardim Botânico parece lindo e bem conservado. Já estas ruínas.. eu não conhecia, foi o que me chamou mais a atenção!

    Obrigado!


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