Chegar ao lado da queda d´água de uma das cachoeiras mais altas do mundo é sentir-se apenas figurante na Chapada Diamantina, lugar onde a beleza natural faz, com maestria, o papel principal durante a viagem.
Mas, para alcançar este ponto, cravado ao lado dos paredões com mais de 380 metros de altura, é preciso disposição para a trilha até a base alta da Cachoeira da Fumaça.
Quais são as trilhas da Cachoeira da Fumaça?
Existem duas trilhas possíveis pra se conhecer a Cachoeira da Fumaça: a mais comum, oferecida pelas agências de turismo da região é a opção para se visitar a cachoeira por cima. Já quem opta o trajeto por baixo precisa de um bom preparo físico pra encarar a trilha de 36 km, dividido em três dias de viagem e acampamentos. Neste caso, também é obrigatório a presença de um guia de turismo.
Para quem escolheu a trilha por cima da cachoeira, a companhia de guia não é exigido, mas o ideal é não percorrer o caminho sem a presença de um condutor experiente, que conheça bem a região. Uma alternativa é contratar um profissional na Associação dos Condutores de Visitante do Vale do Capão (ACVC), que fica bem no início da trilha.
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A visitação, inclusive, é gratuita, mas os condutores pedem uma contribuição pra manter o trabalho no local e a estrutura oferecida, como banheiros limpos, além do controle de entrada e saída do caderno de visitantes. Ou seja, no final do dia, os condutores checam se todos que assinaram o livro pela manhã já retornaram. Caso algum nome esteja faltando, eles entram na trilha pra buscar quem esteja perdido.
A trilha da Fumaça por cima é de nível moderado/alto de dificuldade e possui 12 km de extensão (ida e volta). O percurso pode ser dividido em duas etapas. A primeira, de 2 km, exige fôlego ao encarar uma subida íngreme entre rochas grandes e soltas. Depois de vencida essa etapa, a trilha segue pelo topo da montanha, em território plano, oscilando com vegetação volumosa que cobre os raios de sol, e terrenos descampados.
No total, o trajeto costuma ser percorrido em 2 horas de caminhada até a queda da Cachoeira da Fumaça. Por conta das condições geográficas do local, onde é muito propício pra formação de ventos fortes, a água da cachoeira, ao invés de seguir a lei da atração e cair, muitas vezes, acaba sendo invertida e “jogada” pra cima por conta das rajadas de vento, formando uma fumaça da atmosfera.
O volume de água, e a cortina de fumaça que se forma lá no topo, variam de acordo com as estações de seca e chuva na região. No período de chuvas, o ideal é ir com um calçado a prova d´agua, por conta das poças de água que se formam no topo da montanha. Já em meses de seca, apesar da quantidade de água diminuir consideravelmente, é possível avistar o poço da cachoeira, num precipício de 380 metros!
O passeio dura um dia inteiro e no final da trilha, não há pontos de apoio, como restaurantes ou lanchonetes. As agências de turismo costumam oferecer lanches aos clientes quando vendem o passeio. Quem vai por conta própria, é essencial levar muita água e comida, pois o desgaste é grande.
A trilha da Fumaça por cima é apenas contemplativa: não é possível se banhar na cachoeira e não há outros pontos de banho no caminho. Um dos grandes atrativos de quem consegue vencer a caminhada e chega no fim da trilha é se debruçar sobre uma pedra, em formato de prancha, que avança o precipício adentro. Os mais corajosos, conseguem ainda chegar na beirada da pedra e olhar para baixo!
Depois desse primeiro mirante, quem vai acompanhado de guia de turismo, ainda passa por outros pontos no topo da montanha onde é possível avistar a Cachoeira da Fumaça de frente, antes de regressar para a base pelo mesmo caminho.
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