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O dia em que não quis viajar

Para as pessoas que, assim como eu, amam viajar e ficam ansiosas só de pensar nas descobertas e nos aprendizados que virão com os novos destinos, cada folga marcada no calendário é um convite para mais uma aventura.

E lá estava ela marcada no calendário de 2017, no mês de dezembro: a folga de Natal. Orçada e planejada meses antes, o destino seria Brotas, no interior de São Paulo. Durante três dias iria me aventurar nas correntezas do Rio Jacaré, praticando boiacross e rafting, além de conhecer cachoeiras e andar a cavalo.

Ia sozinha e isso já não é mais problema. As preocupações, porém, até então sem motivo, começaram três dias antes da viagem: coração estava apertado e acelerava só de pensar na viagem. Seria ansiedade com as atividades radicais?

Meu corpo parecia querer me dar um recado. A barriga e as mãos gelavam, o peito estava apertado, até que em um piscar de olhos, enxerguei um ônibus tombando na pista. Chovia muito, o tempo estava fechado nessa visão, assim como estava o tempo real naqueles dias de dezembro.

Sei que muita gente não acredita em intuição, mas sempre respeitei as pessoas que tem esse “dom” e não costumo arriscar quando o alerta é dado. O estranho era que, dessa vez, eu tinha emitido o alerta. Mesmo assim, guardei aquela visão para mim e até pensei que fosse invenção da minha cabeça.

Antes de dormir, como de costume, fiz as minhas orações e comentei no meu íntimo com Deus aquele pequeno tormento. Confesso que não dormi sossegada aquela noite: tive mais pesadelos e a imagem do ônibus tombando na estrada ainda é recente na minha mente.

Acordei decidida a cancelar a viagem assim que vi que as condições do tempo não melhoravam.

Dois dias antes de viajar, consegui cancelar os passeios e as passagens sem nenhum custo. Apenas a pousada não aceitou a devolução total do valor já pago pela reserva. Depois de compartilhar essa experiência com a minha família, vi que todos me apoiaram e não fiquei tão triste assim por ter perdido R$ 100.

Passei a folga em casa, preocupada que voltasse a sentir medo de pegar estrada, avião ou barco. Isso poderia ter afetar o andamento do Meu destino é logo ali. As semanas se passaram, veio a viagem para Serrinha do Alambari e vi que aquela situação foi pontual.

Talvez tenha sido mesmo um alerta de que não deveria viajar aquele dia. Viajar é bom, mas às vezes, ficar é melhor.

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Comentário

1 Comment

  1. A gente leva muito a sério isso…acho q vc fez bem viu, não deu p ir hj, amanhã vamos com o coração aliviado é isso não preço! Viajam é bom demais! Ahh e se vc não foi p Brotas ainda, planeja de novo e vai pq é demais lá! Beijos e muitas viagens p nós!


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