Além das praias ao redor, o Centro Histórico de Recife (e da vizinha Olinda) devem ser incluídos nos roteiros de quem passa por Pernambuco. Os pontos de interesse turístico da região estão próximos, uns dos outros, e é possível conferir grande parte deles caminhando, ou então, com o serviço de transporte por aplicativo pra economizar tempo.
Marco Zero
A praça é onde foi fundada a cidade de Recife. Ao fundo, dando as boas vindas para quem visita o Centro Histórico, estão dois prédios importantes: o Centro Cultural da Caixa e da Associação Comercial de Pernambuco.
A região costuma ficar bem movimentada, principalmente no carnaval. Caso você visite a cidade fora dessa época, certamente, algum fotógrafo irá lhe abordar oferecendo uma sombrinha colorida emprestada para que você tire suas fotos no ali e lembrar-se do frevo do carnaval.
Localizado na beira do mar, os ventos marcam a presença no Marco Zero. Ali também funciona o novo Mercado de Artesanato de Recife.
Rua Bom Jesus
Atravessando a rua e virando a primeira a esquerda, começa a Rua Bom Jesus.
Eleita como a “terceira rua mais bonita do mundo”, pela revista de arquitetura internacional Architectural Digest em 2019, a Rua Bom Jesus foi construída pelos portugueses no final do século XV e preserva boa parte do casario da época.
Revestida por paralelepípedos, os trilhos por onde passavam o bonde ainda estão marcados no chão.
O local foi revitalizado na década de 1990 e é endereço de diversas lojinhas de lembranças e artesanato local.
É lá também que fica a Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira sinagoga construída nas américas.
Fundada no século 17, durante a ocupação dos holandeses, o templo oferece visitas guiadas.
Embaixada dos Bonecos Gigantes
Os tradicionais e famosos “bonecões de Olinda” fazem parte de uma exposição permanente da Embaixada dos Bonecos Gigantes, que também fica na Rua Bom Jesus. São mais de 70 bonecões de jogadores de futebol, músicos, personalidades da TV e personagens de desenhos animados, além de figuras públicas.
O destaque fica pro bonecão do Incrível Hulk, um dos mais pesados que já foi criado, com 48 quilos. Já o bonecão do Papa Francisco, precisou de uma autorização do Vaticano para ser confeccionado, mas a condição era que a versão em boneco do Papa não saísse pra pular carnaval.
A visita é monitorada por um guia que explica a origem da cultura dos Bonecos Gigantes e também o processo de confecção e manipulação dos bonecos durante o carnaval.
A visita custa R$ 25 e existe um “combo” de ingresso, por R$35, pra visitar a Embaixada de Pernambuco também.
Embaixada de Pernambuco
O museu conta a história do carnaval de Pernambuco, como um todo, retratando os mais diversos personagens dessa cultura: a ursa, do bloco infantil “La Ursa” e os cablocos de lança e os reis do Maracatu, por exemplo.
No local um dançarino faz uma apresentação de um número de frevo aos visitantes. O uso da sombrinha, ou guarda-chuva, na dança, surgiu como uma forma curiosa. Os capoeiristas, quando iam brincar o carnaval, usavam do guarda-chuva como um instrumento de defesa quando surgiam brigas e confusões.
Quando a polícia chegava, para controlar a situação, eles argumentavam que estavam dançando com o guarda-chuva e faziam alguns passos passando a sombrinha entre as pernas. A “desculpa” colou e se tornou referência para o frevo.
Além dos personagens do carnaval, há um espaço dedicado para algumas personalidades pernambucanas no espaço, como Chacrinha e o casa Maria Bonita e Lampião.
Paço do Frevo
O prédio tem quatro andares e, em todos eles, o ritmo pernambucano é exaltado e apresentado aos visitantes, de uma maneira bem interativa, com depoimentos e atividades que explicam os diferentes ritmos do gênero. Além disso, existe um estúdio de gravação e escola de música também!
O frevo foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade em 2014.
Museu Cais do Sertão
Outro museu que merece uma visita, em Recife, é o Cais do Sertão. O espaço foi criado pra preservar todas as tradições do Nordeste, principalmente as que vem do sertão.
Por conta disso, importantes personalidades que nasceram no sertão nordestino, como mestre Luiz Gonzaga, foram eternizados no museu. O local também recriou cenários típicos do sertão nordestino, como as casa de pau-a-pique e os detalhes da cozinha com fogão de lenha e panelas sempre limpas, expostas nos paneleiros.
O Museu Cais do Sertão foi eleito, em 2015, um dos melhores museus do mundo pelos usuários do Trip Advisor para se visitar.
O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, das 10h às 16h. Aos sábados e domingos, o local abre das 11h às 17h. A entrada custa R$ 10, com meia entrada para estudantes, professores e idosos.
Casa da Cultura de Pernambuco
No prédio onde já funcionou o maior centro de detenção do Brasil, no século 19, hoje o local abriu passagem para que os artesãos de Pernambuco possam expor seus trabalhos aos visitantes de Recife.
São mais de 100 lojas, em quatro corredores (chamados de setores) diferentes. Cada artesão comercializa seus produtos dentro de uma loja, onde antes eram as celas da cadeia. Com sorte, algum comerciante poderá te mostrar as chaves originais que ainda são utilizadas pra fechar as grades das portas!
A variedade por lá é enorme: desde toalhas de mesa e infinitos bordados, passando por roupas, doces, bebidas, lembrancinhas, artigos em couro, até os tradicionais bolos de rolo caseiros.
A visitação é gratuita, de segunda a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, até às 14h.
Alto da Sé de Olinda
A Catedral de São Salvador, ou Sé de Olinda, está em um dos pontos mais altos de Olinda.
A igreja é a mais antiga da cidade: foi fundada em 1540 pelos portugueses.
Apesar da construção simples, com madeira e taipa de pilão, ao caminhar em direção ao altar lateral direito, uma portinha revela uma vista privilegiada e exclusiva de Olinda, do mar e de Recife ao fundo.
Caminhar pelas ladeiras de Olinda
Próximo a Sé de Olinda existem algumas lojas com artesanato local e também uma feirinha em frente a praça da igreja. Aproveite para caminhar pelas ruas e ladeiras da cidade, que costumam ficar lotadas durante o carnaval, e exaltam as cores e a alegria da cidade.
Ninguém comentou ainda, seja o primeiro!