Já são mais de dois meses de isolamento social e, desde então, tudo mudou: o trabalho, a forma de conviver com a família e amigos e a maneira de estudar também migrou para o universo virtual.
Enquanto muita gente se readapta a uma nova realidade, na outra ponta, famílias inteiras lidam com a dor da perda e se equilibram numa corda bamba para tentar manter as contas em dia e fazer mais de uma refeição por dia.
Mais assustador do que não ter previsão de quando nossas vidas voltarão ao normal, é o número de mortos que cresce a cada dia. Aliás, são mais que números: são vidas que tiveram seus planos e sonhos interrompidos por um inimigo invisível.
E como falar ou pensar em viagens no meio desse contexto?
Nas últimas semanas andei refletindo se não seria o caso de fazer uma pausa nas publicações aqui no blog, já que não quero passar a imagem de estar alheia à toda a dor e tristeza que paira o nosso país. Seria futilidade demais compartilhar fotos de paisagens bonitas e relatos de viagens?
Sempre digo que o propósito do blog é inspirar as pessoas. Sei que quem expõe sua opinião na internet está sujeito à críticas, mas, ainda assim, decidi manter o meu propósito, mesmo diante desse triste momento. Afinal, dentro de um contexto de pessoas privilegiadas, sim, é difícil encontrar boas notícias e devemos buscar um equilíbrio para manter a mente sã.
Saiba mais:
Assim como a arte, os programas de viagens, as fotos de paisagens nas redes sociais, os relatos de mochilões e roteiros de viagens são a anestesia que temos para o corpo e para a alma enquanto a medicina não encontra um remédio ou uma vacina contra o coronavírus.
Tem gente que não consegue pensar em viagens agora. De fato, não há especialista, blogueiro, vidente, OMS ou qualquer outro ser no mundo que possa nos garantir quando tudo irá voltar ao normal – se é que as coisas voltarão ao normal que estávamos habituados.
Enquanto isso, se você consegue ler e planejar sobre viagens, ou não, aproveite o tempo para refletir sobre seu estilo de vida e das suas viagens. Reavalie sobre os passeios que você costumava fazer: será que eles valorizam e respeitam o meio ambiente e a cultura local? Por que não priorizar o serviço de guias, hotéis e restaurantes nativos do local, ao invés de procurar por grandes redes que exploram o turismo? Sabia que a compra de artesanato pode ajudar a movimentar a economia local?
Leia sobre turismo responsável. Pesquise sobre turismo consciente e veja como você pode se adaptar.
Uma coisa é certa: o mundo que nos espera para novas aventuras exigirá de nós novas atitudes. Não sabemos quando esta hora irá chegar, se será ainda em 2020, em 2021 ou daqui cinco anos. Mas tudo isso vai passar. Prepare-se para isso!
1 Comment
parabéns pelo post, esse é mesmo o momento de refletirmos e vermos como seremos daqui para frente.