A Floresta da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, é repleta de opções de trilhas, cachoeiras e mirantes. Em um dia, ou até mesmo em meio período, é possível conhecer alguns dos atrativos da região, que conta com mais de 4 mil hectares.
O Parque Nacional da Tijuca é dividido em três setores de visitação – Floresta, Serra da Carioca e Pedra Bonita/Pedra da Gávea. Dentro do parque é possível fazer desde piquenique e churrascos, até voo livre. O próprio Cristo Redentor, o Parque Lage e a Pedra Bonita, por exemplo, são alguns dos atrativos que estão dentro da Floresta da Tijuca.
Há outros locais, porém, do Setor Floresta, que podem ser visitados a partir da entrada da Praça Afonso Pena, no Alto da Boa Vista e que são menos conhecidos do público em geral.
História da Floresta da Tijuca
A Floresta da Tijuca foi desmatada durante o Brasil Império para dar lugar às plantações de café e cana de açúcar. Com a derrubada das árvores, as nascentes secaram e a população da cidade sofreu com os problemas no abastecimento de água.
Em 1861, Dom Pedro II desapropriou diversas chácaras e fazendas a fim de reflorestar a área e regenerar a mata. Ainda hoje é possível identificar pés de café, construções e ruínas das antigas fazenda na Floresta da Tijuca, mas as nascentes voltaram a fornecer água, na medida que a área de proteção foi consolidando.
Todas as trilhas são demarcadas e a entrada no parque é gratuita. Confira uma sugestão de roteiro pelo Setor Floresta, da maior floresta urbana do mundo:
Cascatinha Taunay
A cachoeira Taunay tem uma queda de 35 metros e passa por uma ponte de pedra. Na parte inferior, o poço é raso e muitos cariocas aproveitam pra se refrescar em dias quentes nas águas da cachoeira, ao invés de irem até a praia.
A ponte, que se assemelha aos arcos romanos, foi construída em 1860. A cachoeira é formada pela queda das águas do Rio Tijuca, do Rio Conde e de outros afluentes. O local recebeu esse nome em homenagem ao artista Nicolas Antoine Taunay, que construiu uma pequena casa perto da cascatinha.
Taunay era integrante da missão artística francesa, que veio ao Brasil em 1816. Ele foi o primeiro grande nobre a vir para a floresta e divulgava o local, organizando reuniões em sua casa para a corte.
BOOKING.COM: RESERVE SUA HOSPEDAGEM AQUI!
Capela Mayrink
A capela foi construída em 1855 por Visconde Antônio Alves Souto, que era o proprietário da Fazenda Boa Vista. O local, inicialmente recebeu o nome de Nossa Senhora de Belém e passou a se chamar Capela Mayrink após a área ser vendida ao Conselheiro Francisco de Paula Mayrink. No altar, há réplicas de telas de Cândido Portinari.
Para chegar até a Capela, basta seguir pela Estrada da Cascatinha ou pela Trilha dos Estudantes.
Saiba mais:
Centro de Visitantes
Para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a formação da Floresta da Tijuca e toda a sua biodiversidade, o Centro de Visitantes possui uma exposição permanente chamada “Uma Floresta na Metrópole”.
De maneira interativa, é possível identificar os principais pontos turísticos da Floresta da Tijuca e se informar sobre a história da floresta, desde a sua formação geológica, até o desmatamento e monoculturas, passando pela recuperação ambiental.
Árvore o Tempo não Passa
Durante o processo de reflorestamento do Parque Nacional da Tijuca, um eucalipto de mais de 15 metros de altura se destaca dentre as árvores do parque. A árvore foi batizada de “O Tempo não Passa” e diz a lenda que, quem abraça essa árvore, terá uma velhice saudável.
Além disso, no chão, está a obra de arte da artista plástica Lia do Rio, com os dizeres “O tempo não passa” rodeando o tronco da árvore. A obra “Aiond”, esculpida em pedra, fica próximo do Centro de Visitantes e do Recanto dos Pintores.
Ponte Pênsil
A Ponte Pênsil Cova da Onça tem 27 metros de extensão e é feita de madeira com cabos de aço. A ponte passa por cima das águas de um rio que corta o parque, porém, no local não é possível se banhar na cachoeira.
Outro ponto de atenção ao cruzar a ponte é respeitar o limite de 4 pessoas por vez e não balançar sob a estrutura.
Alto Cruzeiro
Um dos atrativos históricos da Floresta da Tijuca é o Alto do Cruzeiro. O local foi construído por escravos, que eram impedidos de participar de celebrações religiosas junto com os brancos e dentro dos templos, como a Capela Mayrink.
Por conta disso, os negros construíram o local para fazer suas orações, no meio da mata, para cultuar seus deuses.
Como chegar e quando ir na Floresta da Tijuca?
Para quem vai de carro, basta colocar o endereço da Praça Afonso Pena, no Alto da Boa Vista, no GPS. Há algumas vagas de estacionamento gratuito na entrada do parque.
As linhas de ônibus indicadas são 301, 302 e 345. O ponto de desembarque fica próximo a entrada do parque.
Até a entrada do parque, o sinal de internet funciona e é possível chegar e ir embora solicitando carros por aplicativos também.
O Parque Nacional da Floresta da Tijuca funciona, diariamente, das 8h às 17h e a entrada é gratuita.
Ninguém comentou ainda, seja o primeiro!