Ao falarmos de Santa Teresa, logo se vem a cabeça a Escadaria Selaron e o Bondinho de Santa Teresa. O bairro carioca, porém, é endereço de outros atrativos que ficam em meio aos charmosos sobrados e casas que preservam as fachadas do século passado.
Entre suas ladeiras tortuosas cortadas pelo trilho do bonde, Santa Teresa é endereço ainda do samba, de parques e mirantes com vistas privilegiadas da Cidade Maravilhosa. Confira:
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Mirante do Rato Molhado
Um lugar ainda pouco frequentado pelos visitantes fica na parte alta do bairro. No acostamento de uma rua que corta o bairro e com comunidades ao redor, o Mirante do Rato Molhado esconde um cenário privilegiado do Rio de Janeiro, emoldurado pelas folhas das árvores.
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Do Mirante é possível avistar o vai e vem de aviões no aeroporto Santos Dumont e a Ponte Rio-Niterói. O Mirante do Rato Molhado fica na Rua Francisca de Andrade, próximo do famoso restaurante Aprazível.
O acesso até lá é recomendado que seja feito de carro. Por questões de segurança, o ideal é que haja atenção para evitar assaltos.
Parque das Ruínas
Um pouco mais abaixo do Mirante do Rato, porém, não menos bonito, o visual do Parque das Ruínas abrange o Pão de Açúcar e a Zona Sul, além da região central da cidade e a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro.
O parque está instalado em uma casa que pertencia à Laurinda Santos Lobo. No espaço era comum acontecer saraus, com a presença de músicos, poetas e dançarinos. Após 50 anos da morte da dona do casarão, em 1996, a prefeitura do Rio convidou arquitetos para desenvolver o projeto do parque, que reúne às ruínas do palacete e estruturas modernas de ferro e vidro.
O Parque das Ruínas fica na Rua Murtinho Nobre, 169, em Santa Teresa. Ele está aberto para visitação gratuita, de terça a domingo, das 8h às 18h.
Escadaria Selarón
Talvez um dos pontos turísticos mais conhecidos de Santa Teresa, e do Rio de Janeiro, seja a Escadaria Selarón. Entre cores de azulejos e mosaicos formados pelo artista Jorge Selarón, centenas de visitantes tentam garantir uma foto nos degraus da escada que liga a Lapa, na parte baixa, até Santa Teresa.
O artista chileno se mudou para o Rio na década de 1990. Selarón mesclava azulejos lisos, que formavam mosaicos, com peças pintadas sobre os mais diversos assuntos. Com a fama, muitos artistas brasileiros doaram peças para Selarón. Ali próximo da escadaria, ele montou seu ateliê e passou a morar no bairro.
No ano de 2013 ele foi encontrado morto na escadaria, quando tinha 65 anos. Ainda em vida, no ano de 2005, a Prefeitura do Rio tombou a escadaria.
Bonde de Santa Teresa
Uma opção para conhecer o bairro é o tradicional bonde de Santa Teresa, que cruza os Arcos da Lapa. O embarque é feito na Rua Léilio Gama, próximo da Estação Carioca e o bilhete custa R$ 20. As viagens, de segunda a sexta, acontecem das 8h às 17h45. Já aos sábados, o horário de funcionamento é das 10h às 18h, sempre respeitando o intervalo de 30 minutos entre um embarque e outro.
O caminho passa pelos largos do Cuervelo, dos Guimarães, Neves, dos Guimarães. A opção é seguir até o último ponto para desembarcar e descer caminhando pelo bairro.
O bonde foi criado 1877 e servia como transporte de água para os moradores do bairro de Santa Teresa. Até hoje ele serve de meio de transporte para os moradores do bairro, que não pagam passagem.
Ateliês
Enquanto caminha pelas ruas de Santa Teresa em direção ao ponto de embarque do bonde não deixe de conhecer os ateliês do bairro. O bairro começou a ser povoado por volta de 1750 e recebeu moradores da classe alta. Depois, o bairro foi ganhando o contorno de casarões e mansões inspirados na arquitetura francesa.
Muitos estão de pé até hoje e servem de espaço para ateliês. Santa Teresa tornou-se endereço de artistas plásticos e artesãos internacionais que se mudaram para o Rio de Janeiro. Escritores e artistas sempre foram atraídos por Santa Teresa e, carinhosamente, apelidaram o bairro de “Santa”.
Próximo ao Largo dos Guimarães fica a Rua Almirante Alexandrino, com algumas lojas de artesanato e ateliês abertos para a visitação. Ali você encontra opções exclusivas, fora do tradicional, para compras e lembranças de presentes.
Samba dos Guimarães
Para encerrar o roteiro por Santa Teresa, nada melhor do que uma original roda de samba carioca. O Samba dos Guimarães acontece em um casarão antigo, no alto do Largo Guimarães, chamado de Mercado das Pulgas, todos os sábados.
No melhor estilo raiz, com direito a lona de plástico para cobrir o teto e chão de cimento batido, importantes nomes do samba se apresentam por lá aos sábados. NO intervalo, DJs tocam clássicos da MPB, forró, axé e funk.
A roda de samba costuma movimentar o bairro e lota o espaço, por isso, considere chegar cedo. Além dos serviços do bar, O Samba dos Guimarães também oferece opções de comida em uma mini praça de alimentação. A entrada custa R$ 25 (valor referente à janeiro de 2020).
Onde ficar em Santa Teresa?
Para aproveitar ainda mais todos os encantos de Santa Teresa, nada melhor do que se hospedar no bairro mais boêmio do Rio de Janeiro. Entre tantos hostels instalados por lá, o Santa Terê Hostel se destaca pelo visual.
Instalado em um casarão na parte alta do bairro, da varanda é possível avistar grande parte dos cartões postais cariocas.
A estrutura conta quartos exclusivos para mulheres, mistos e quartos privativos. O estilo carioca rege a decoração e o nome de cada um dos quartos, que vão desde “Rio 40º graus” até “Aquele Abraço”.
A área comum do hostel é agradável e aconchegante. O Santa Terê hostel ainda oferece café da manhã, bar, crossfit box, cozinha comunitária, garagem, lavandeira (com ferro de passar), piscina, sala de TV e sinuca.
Outras vantagens ainda são o ar condicionado nos quartos, depósito de malas, computadores, roupas de cama, wi-fi, TV a cabo e secador de cabelo. A recepção ainda funciona 24 horas.
*A viagem para o Rio de Janeiro teve apoio do Santa Terê Hostel. Apesar disso, as informações aqui descritas são livres de qualquer contraprestação.
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