É na pequena estação de Bento Gonçalves onde a viagem começa, regada a muito vinho e suco de uva. Entre uma música e outra, a alegria parece dançar na plataforma de embarque até que todos encontrem seu assento dentro da locomotiva da Maria Fumaça do ano de 1941.
Os trilhos do trem passam ainda pelas cidades de Garibaldi e Carlos Barbosa. Até lá, a paisagem de fora da janela é ofuscada pelas apresentações que acontecem dentro de cada vagão.
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Durante a viagem, moradores que honram as tradições italianas e gaúchas se apresentam nos vagões da Maria Fumaça. Muitos acham que são apenas atores e músicos contratados que estão ali.
Na verdade, o que poucos sabem é que aqueles senhores e senhoras, que se equilibram de pé durante o movimento do trem, fazendo todos dançar, com vozes imponentes e figurino impecável, recebem por recompensa os aplausos e a interação durante as danças e as músicas.
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Quando a Maria Fumaça passa próximo das casas construídas ao lado dos trilhos do trem, ao ouvir o apito do trem, as crianças logo se apressam próximo dos portões e nos muros e acenam para quem está do lado de dentro do trem.
Mais a diante, até um senhor que empurrava a sua bicicleta para e observa a festa. Enquanto a Maria Fumaça passa, ele embarcou nas músicas e na dança, mesmo do lado de fora do trem.
Um pouquinho de história
A rede ferroviária chegou na Serra Gaúcha para facilitar o escoamento da produção de vinhos e demais produtos produzidos na região. O início da construção da linha foi em 1909, mas só no ano de 1919 ela ficou pronta.
Até a década de 1970 a Maria Fumaça servia de transporte para passageiros e transportou cargas até os anos 1990.
Hoje a linha é operada pela empresa Giordani Turismo, responsável pela manutenção e a conservação, tanto da locomotiva, quanto da linha ferroviária e das três estações.
Paradas e gastronomia
A primeira parada é na estação de Garibaldi, onde é servido espumante moscatel e suco de uva tinto. Uma vendinha nos moldes de antigamente fica movimentada quando o trem chega.
Próximo dali, um outro senhor desce do seu carro e aproveita o movimento dos visitantes para vender seus grostolis, um doce de origem italiana feito com uma massa e coberto com um pouco de açúcar.
Ao querer saber mais da receita, ele diz apenas que é feita com um massa sem recheio e que o segredo do sabor está nas mãos da sua esposa, quem prepara o doce: “Eu só sei vender. O sucesso é todo dela”.
As informações sobre o passeio e os valores dos ingressos estão no site da Giordani Turismo.
1 Comment
Já fui tantas vezes à serra gaúcha e nunca fiz o passeio de Maria Fumaça. Na próxima já está na lista!! Adorei o post. Beijos